quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

“Amar ao próximo é uma coisa, mas concordar com o pecado é outra”



Recebi um comentário em um dos meus posts que defendo os LGBTs que tinha apenas uma frase: “Amar ao próximo é uma coisa, mas concordar com o pecado é outra” 

Então vamos questionar um pouco...





Você vê um pecador sendo humilhado todos os dias em todos os lugares possíveis? 

Já viu tirarem de um casal o direito de se casar no civil pq "fornicaram"? E já viu propaganda chamando todos que mentem de nojentos e imundos?
Há um discurso de ódio tipo "tem que bater na criança até ela aprender a não ser fofoqueira"?
Se espanca até a morte um casal que adulterou, porque eles estão expondo seu pecado dando um beijo na praça?
Já viu uma grávida fora do casamento sofrer “estupro corretivo” pra aprender que mulher de verdade só faz sexo dentro do casamento?
Por acaso há campanhas na internet e nas ruas pra humilhar e mandar pro inferno todos os pastores que ladrões de pobres? 
Quantos de nós, todos pecadores, segundo a Bíblia (1 João 1:8), somos privados de direitos civis que nada tem a ver com religião, somos renegados pelas nossas famílias e expulsos de casa?
Todas essas coisas são feitas todos os dias contra os LGBT. Todos os dias.
O argumento do pecado não é o suficiente pra justificar o discurso de ódio contra os LGBT e eu não tenho dúvida que a postura de Cristo seria completamente diferente da que os cristãos conservadores e pastores midiáticos têm.

“Amar ao próximo é uma coisa, mas concordar com o pecado é outra” 

Isso não pode ser argumento de quem crê num Cristo que ao invés de exercer a Lei, que era a morte, com a mulher adúltera, deu a ela uma nova chance. Não pode ser argumento de quem crê num Cristo que sentou à mesa de um pecador famoso, antes que ele se arrependesse. É um argumento legalista e rígido e não pode ser usado por quem segue um Cristo que transgredia regras em nome do amor. 

Jesus abandonou a Lei pra salvar a vida da mulher adúltera. Era contra a Lei tocar num morto e num leproso. Era contra a lei falar com uma mulher de vida duvidosa, sozinho. Era algo mau visto deixar uma prostituta tocá-lo e lavar seus pés. A lei não permitia curar no sábado. Hoje Jesus seria visto como um herege por fazer uma releitura e modificar a Lei de Moisés como fez no sermão da montanha.
O argumento do pecado não justifica como a comunidade LGBT é tratada e vista pelos chamados “cristãos”. Jesus amava primeiro e perguntava depois.

Um discurso de ódio não cabe no discurso de Cristo nem com um milhão de “mas”. Amar é cuidar. 


Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. 
João 13:35

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