domingo, 14 de março de 2010

Aqueles poemas da adolescência

Estava olhando a caixinha de lembranças [que era uma caixa de All Star, passou pra uma de Melissa e a próxima espero que seja de um scarpin de 200 reais xD], olhando as ‘coisas’ que nela estão, ‘vi’ alguns sentimentos e pelos poemas que eles me inspiraram, posso dizer que valeu a pena tê-los sentido...
Aqui vão alguns desses poemas:


~

O mar
É um anúncio
Do tamanho
Do meu desejo.
Agosto 2009
~

Outono

Deixa-me ser teu sol
Nessas manhãs frias de outono
Que começam a nascer
E nas noites frias de outono, te aquecer

Deixa eu ser teu sol
Iluminando os dias mais escuros
Enxugando suas lágrimas
Pra você se sentir seguro

Deixa eu ser teu sol
Vamos via cada dia
Tiraremos do outono
Toda doce monotonia.

Abril 2006
~

Sorriso meigo
Olhar intrigante
É só meu amigo.
Por que não me avisaram antes?

Setembro 2009
~

Parêntese

Ficamos a sós
Esse silêncio atroz
Tenta me devorar
Ou é você?

Novembro 2008
~

O destino já notou
Que ele basta pra mim
Sem importar o começo
O meio ou o fim
Maio 2009
~


Dos lugares onde estive
Das paisagens que eu vi
Dos rostos que fotografei
Dos sorrisos que guardei
Dos gostos que provei
Tudo parece perder
Em comparação
A você.
Fevereiro 2010

~

Exatamente por querer é que meu não-querer vem.
Pois quando não quero nenhuma dor me atormenta.
Mas quando quero, o não-querer me arrebata com sua lógica.
Não te amar faz mais sentido.
E por isso mantenho meus sentidos longe de você.
Pois se o que me atormenta é paixão,
amor ou apenas querer passageiro, não me importa mais.
Seja o que for, deveria ter passado há alguns dias atrás.
Você povoa meus sonhos com seus olhos doces e carinhos suaves,
não deixando espaço pra mais ninguém.
Eu fazia planos tão bem...
Mantinha minha distância tão confortável:
transformava beijos artesanais em manufaturados.
Tudo tinha o mesmo gosto.
Agora me vem uma dúvida...Você teria feito de propósito?
O melhor momento, o mais bonito, o beijo com gosto do infinito...
Sabe, eu desisto.
O não-querer me convenceu.
O tempo e a distância são só enfeites do não-querer.
O não-querer me rendeu.
O seu silêncio e minha pressa são dons do não-querer.
O não-querer me converteu.
Adeus...

Março 2010
~

Minha boca pede
Minha pele cede
Meu desejo segue
Não há nada que cesse...
E minha mente inerte
Só consegue assistir
O q minhas emoções
Imaginam, sem existir.
Agosto 2009

~

Sutiãs prendem
Sufocam
Limitam

Sutiãs erguem
Seguram
Esculpem.

[Quem deixou homens e sutiãs serem tão parecidos?]

Dezembro 2008


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