quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Que venha 2012!!

2011 foi um ano que mudou completamente minha história.

Começei 2011 como uma menina, ainda vulnerável, com poucos alicerces para sua fé, sem saber qual cosmovisão guiaria minhas escolhas e qual metodologia eu seguiria dentro do chamado que Deus fez pra mim.


Termino 2011 sabendo exatamente qual caminho eu devo seguir e qual evitar. Sabendo quem são os fariseus, quem são as ovelhas, quem são os mercenários, quem são os pastores, quem são bodes e descobri que até entre as ovelhas escolhidas do aprisco do Mestre há as ovelhas negras. Descobri que nem sempre o que dá certo pode ser o melhor de Deus e que não somos ninguém para julgar as pessoas, quando o próprio Cristo disse que ele não veio para julgar e sim para salvar.

Em 2011 notei que o coração é muito mais que enganoso e que não podemos confiar nele. Notei que deve-se haver um belo equilíbro em nossas escolhas de vida, para que não pendamos nem para a conduta moral liberal a ponto de se perder de vista a postura de Jesus e também não para um tradicionalismo falso moralista que nem o próprio Jesus aprovou, pois conduz o homem a conduta hipócrita e autoritária.

Neste ano que logo vai acabar descobri que certos problemas não têm idade, não dependem de maturidade ou experiência, apenas nós, tropeçantes eternos, precisamos de amigos para nos carregar por cima do telhado, pois sem eles, milagres não acontecem.

Entendi que amor não tem a ver com controle e sim compreensão, que amor não é domínio e sim companherismo, que ele não pede mais do que é pedido e sempre segue um ritmo, bem conhecido e maravilhosamente descrito por Paulo em 1 Coríntios 13. Percebi que o melhor jeito de se identificar o amor é ver o quanto de Graça transborda em uma relação. Seja de amizade, de namoro ou de família. Onde a Graça é oferecida na mesma medida imensurável que nos foi dada por Deus.

Percebi que Sartre estava certo quando disse que somos escravos da nossa liberdade e que o poder de mudar ideia quando queremos é absolutamente assombroso. Percebi que a vida cristã nunca mais é a mesma depois que você conversa com uma prostituta e compartilha momentos com pessoas que sua igreja chamaria de pecadores.

Este ano experimentei o que verdadeiramente a dor, a saudade, o arrependimento, a apatia, o medo, mas também redescobri a alegria, a amizade e o verdadeiro significado do que é igreja - e do que não é. Experimentei muita coisa e não me arrependo de nenhum gosto, pois cada coisa que meu paladar experimentou me moldou e me levou a conhecer o equilíbrio.

Aprendi este ano que ministério é você fazendo o que Deus quer aonde Deus quer e que muitas vezes isso envolve estar fora do templo, aprendi que ovelhas são aquelas que te ouvem, te seguem e te respeitam sabendo o mestre falho e vacilante que você é. Aprendi também que pastor é aquele que te chama só pra perguntar se você está bem e que te conhece o suficiente para confiar em você, até quando você já perdeu a confiança em si mesmo.

Fiz escolhas por mim, fizeram escolhas por mim. Me afastaram, me chamaram para perto, me julgaram, me compreenderam, me apaixonaram, me decepcionaram, me abandoraram, se achegaram. Amei demais em quantitade e qualidade. Senti raiva chorei, gritei, pulei e mergulhei.

Me arrependi de muitas palavras que disse e muitas que guardei e não disse. Me arrependo de estar no lugar errado na hora e no dia errado mesmo quando acabou sendo o dia certo e a hora certa. Mas ao mesmo tempo olho para cada pessoa e experiência que vivi me faz pensar que consequências são só um cisco que cai no olho e depois sai comparado a tudo que aprendi com as experiências.

Descobri que por mais que eu tenha o poder de fazer escolhas, Deus guia meu destino de forma assombrosa demais pra mim. E que mais do que tudo, em nenhum momento, nada foi, é ou será mais importante pra mim que o chamado que Deus me fez.

Eu amo a Bíblia mais que qualquer livro. Tenho paixão também por qualquer livro que mude e adapte as lentes pela qual eu enxergo a Bíblia para um jeito mais profundo. Teologia está para Coca-Cola como a Bíblia em si está para o almoço e Janta. Filosofia é meu bacon e minha nutella. E poesia... é o único jeito que sei dizer algumas coisas e sinto que Deus compartilhou esta característica dele comigo.

Emfim... 2011 foi um ano de crescimento assustador. 2012 será um ano de viver, andar e respirar não mais pelo meu aprendizado, ou pela ampliação de horizontes ou libertação de muros e barreiras, como foi 2011. 2012 será o ano em que vou simplesmente existir para o reino de Deus, para o chamado que Ele me fez e para o ministério que Ele me designou. Nada mais além disso.

Enfim... Adeus 2011. Agradeço por todos os momentos que me trouxe e pelo seu esforço de passar mais rápido quando eu errei e passar lentamente pelos momentos inesquecíveis.

2012, te espero, pedindo que não sobre nem sombra do que me assombra. Venha, que “essa vida entre assim, como se fosse o sol desvirginando a madrugada...” E como diria o Bob Esponja... “ESTOOOOUUUU PRONTO!” Prontíssima. 

“...Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus.Filipenses 3:13-14

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