sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Caminhada Para Santidade – Parte I


Eu poderia dizer que é simples, ou até que é uma questão de domínio próprio ou força de vontade, porém santidade também tem a ver com graça.
Há alguns anos atrás eu fiz uma escolha, há quem diga que isso já estava pré determinado por Deus e quem diga que eu tenho o poder de decidir o destino da minha alma, seja qual for a verdade, há aproximadamente 8 anos atrás eu percebi que as pessoas viam em mim uma diferença, um amor, uma luz, e percebi que se isso já existia em mim, era fruto do relacionamento que eu já tinha com Jesus, foi na mesma semana que cheguei a essa conclusão, que um pastor visitante, que pregava num domingo, na igreja que minha mãe congregava falou que se isso já acontecia, era por que o Espírito Santo habitava em mim e eu precisa reconhecer meus pecados e me entregar em definitivo e publicamente a Jesus. Com 10 anos, prestes a completar 11, esperei o Pastor da igreja voltar de férias e disse que queria me batizar. Faltando exatamente um dia para o meu aniversário, fiz a profissão de fé e fui batizada.
Este foi apenas o começo de uma longa caminhada de transformação pessoal. Logo após ser batizada, logo a primeira ceia que tomei a minha vida, foi na igreja que hoje sou seminarista. Eu não tinha ideia do que Deus ainda faria comigo! Mas aos 12 anos, eu comecei a caminhada da santidade: longa, gradual e progressiva. Sofri de uma leve depressão até meados dos 14 anos, por falta de auto-estima, no âmbito da beleza, no entanto, já dentro do plano perfeito de Deus, isso me fez ser bastante dedicada a desenvolver minha inteligência: me apliquei a leitura e as boas amizades. Do meio dos 14, Deus se compadeceu de mim, e me abraçou com sua graça de uma forma, vamos dizer, irresistível. Enquanto ouvia uma música, eu orava, pois assim como Davi, minha alma estava abatida. E pedia pra Deus me consolar, conforme lia em Salmos frequentemente, até num momento meu coração começou a clamar junto com a música “Vou esvaziar o meu porão... Jogar fora tudo que não é Teu...”, e clamou com sinceridade. Naquele momento, todas as revistas teen que eram maquiadas, porém eram de ocultismo, os CDs e pôsteres de bandas de rock, meus traumas, medos e inseguranças, TUDO que não era Dele, não podia mais habitar em mim, nem comigo. Ali, naquele dia, minha história mudou de direção. Deus me chamou. E me mostrou qual era o trabalho de todo crente “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura...”. Mas aquilo tocou em mim de uma forma diferente, eu sentia que aquilo não era só minha missão como salva, era algo mais, algo que eu ainda não entendia. Mas logo percebi que meu dom para falar, minha preocupação com as pessoas e minha aptidão para liderança tem um motivo: Pastorear. Meu pastor me ajudou muito a perceber isso, pois eu pensava que minha chamada era missionária, pois meu coração sempre ardeu por missões e nunca tinha ouvido falar em uma pastora batista, na verdade, como sempre vivi no convívio batista, nunca havia ouvido falar de mulher pastorear. Porém havia aprendido que chamado é pessoal, incontestável e é Deus quem faz, por isso não há o que discutir. De uma forma estranha, tinha a certeza que ao terminar minha faculdade de História (o que eu sonhava em fazer na época), faria um Seminário Teológico. Mas fui aconselhada a dar prioridade ao chamado que Deus me fez e me comprometi a terminar o Ensino Médio e ir direto para o Seminário.
 Pouco depois de completar 14 anos, houve uma grande mudança na minha vida, que me aproximou mais de Deus, comecei, pela primeira vez, a desenvolver um relacionamento íntimo e menos infantil com Deus, eu comecei a desfrutar o prazer da vida devocional diária: oração e Bíblia. Assim, pude conhecer e sentir Deus mais de perto. Mas alguns meses depois de  completar 15 anos, minha vida ganha outra virada. E tenho que aprender, mais uma vez, a lidar com problemas que fogem ao meu entendimento juvenil, o que, mais uma vez, fora um deserto para o meu amadurecimento. Foi a partir desse momento que as mudanças começaram a ser aparentes: meu jeito de falar, lentamente começa a ser diferente, meu jeito de vestir vai sendo tomado de cores, meu cabelo passa a ser mais bem tratado: eu começo a me amar.
Os meus 16 anos foram recados a muitas recaídas, mananciais e desertos espirituais. Até que um certo momento eu quase me entreguei, desisti. Mas de uma forma sobrenatural, como se me resgatando das mãos do diabo, senti a presença de Deus quando menos merecia, e Ele, a responsabilidade foi só Dele, me deu forças para dizer pela primeira vez uma frase que me acompanharia por toda a vida, sempre que o inimigo tentasse me destruir: Satanás, desista você, por que eu JAMAIS vou desistir! 

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