segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Homossexuais e Evangelismo


No que o evangelismo se tornou hein?! Numa briga entre ideais, num empurra-empurra de doutrinas goela a baixo e num marketing descompromissado e mal feito através de folhetos que sempre partem do pressuposto que os crentes têm algo que o outro não tem. Quando se trata de falar de Deus para homossexuais o que se segue é, no mínimo, uma tragédia sem precedentes. Ao que me parece o amor, tolerância, carinho e amabilidade que Jesus Cristo viveu foge completamente daqueles que autoproclamam ‘cristãos’.

Quando um crente fala de/com homossexual o que se vê é ofensa, ódio, nojo e todo tipo de comportamento verbalmente agressivo que se esperaria de um nazista, mas jamais de um cristão. Quando não assim, há arrogância, intolerância e partidarismo ao invés de humildade, tolerância e pregação sincera das verdades do evangelho.

Quero esclarecer que há exceções, há lugares onde existe amor no lugar de condenação e acompanhamento no lugar de exclusão social, há lugares onde gays e lésbicas não recebem olhares estranhos ou palavras que machucam mais do que acariciam.
E quero dizer uma coisa pra você, eu sou assim e conheço lugares assim, se quiser saber...

Mas a maioria, infelizmente a maioria das pessoas não está preparada para amar, e sim pra julgar. Queria que essas pessoas me apontassem na pessoa de Cristo onde é que CRER veio antes de PERTENCER. Onde é que o perdão veio antes da aproximação.

Não quero discutir pecado ou não pecado, membresia ou não membresia, ceia ou não ceia, até porque isso é pra instituição decidir, eu não sou a instituição, sou a Stephanie, sou uma igreja de Cristo que é apenas chamada adorá-lo e depois para SER como ele. Quero discutir a indisposição das PESSOAS a amar primeiro e perguntar depois.

Tudo isso me veio pois fui convidada a uma evangelização na parada gay, depois percebi que era do jeito que acredito mesmo, mas de primeira, foi isso que me veio a mente:

Pra começar, não acredito nesse tipo de evangelismo que não se envolve. Que vai, fala e vai embora. 
Depois, não acredite em ninguém que te diga que é proibido pregar, pregar não é proibido, o proibido é ofender. E vamos combinar que qualquer tipo de pregação que ofende, não é pregação e bom seria que todos os maus pregadores fossem presos mesmo.
Por fim, eu só iria a uma passeata gay se fosse pra REALMENTE oferecer abraços e pedir perdão pelo que todos os líderes de igreja, supostos crentes e igrejas em si fizeram a todos os homossexuais que tiveram contato com eles. 
O melhor jeito de pregar para um gay é mostrar o amor de Deus, o próprio Deus com esse amor mostrará a ele ou ela qual é o caminho que eles devem tomar em sua vida.

Evangelizar é ensinar o Evangelho. O Evangelho não cabe num folheto. O Evangelho não cabe num versículo. Tenho que dizer que o Evangelho também não cabe apenas num abraço. O Evangelho só cabe numa VIDA. Foi por isso que o Salvador não foi apenas escrito, não foi apenas falado, não foi apenas pregado, não foi apenas carinho, o CRISTO VIVEU, viveu porque o evangelho só cabe numa vida.

10 comentários:

  1. Eu vi vários comentários sobre 4 pessoas que fizeram essa parada de ir lá e oferecer apenas abraços aos que estavam participando e vi sobre quererem fazer o mesmo no Rio. Bom, eu acho que a ideia dos abraços é boa, mas vai ficar só nisso??? Mas também se apegar somente aos textos que estão nos folhetos não dá...acho que a única coisa que funcionaria seria TODOS esquecerem os julgamentos e realmente abraçar-los, não como pessoas que precisam da graça e nós como os bons e certos, mas abraça-los como iguais, ou será que pra Deus existe pecado maior ou pecado menor?

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    1. Concordo
      porém abraços não tem nenhum efeito.....
      e vou além....
      não acho Q o confronto seja uma boa idéia ...
      não consigo .....vc consegue imaginar JESUS numa parada gay evangelizando ou abraçando alguem ?!!!

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    2. Jesus não estaria numa parada gay, mas também não estaria em um Mega Templo Evangélico. Ele estaria em São Francisco, Na Etiópia, em Brasília e em outros lugares que se caracterizam por parecer com aqueles a quem ele deu atenção. Ele estaria curando, alimentando, conversando e almoçando com esse pessoal, enfim: vivendo com eles.

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  2. De fato só cabe numa VIDA, vida que muitos deles não querer viver e os sufocamos com o "nosso" estilo de vida, que muitas vezes nem é vida de fato. No final da vida só resta o amor, as coisas ruins são esquecidas e só permanecer boas lembranças pelo fato de amarmos. Então, só resta aprender a amar. E amar, é a coisa mais difícil de se viver! Se é que vc me entende ...

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  3. Também fui convidada para ir nessa evangelização na parada gay. Mas da forma como as coisas estão sendo tão superficiais eu logo agi com estranhamento, não estranhamento quanto aos homossexuais, mas quanto ao que realmente seria feito lá pelos cristãos. Estranhamento quanto aos pensamentos e atitudes equivocados. Na verdade, acho que a minha reação é que causou estranhamento. Só confirmando o que eu pensava...

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  4. Os evangélicos não tem um bom histórico com as minorias, principalmente quando elas começam a ganhar voz. Que digam os negros, mulheres, gays, comunistas... Acho que a primeira coisa que deveríamos fazer era pedir desculpas por tudo que essas pessoas já sofreram em nossas mãos, enquanto dizíamos que era a vontade de Deus sendo cumprida. Mas como eles irão nos perdoar se não nos relacionarmos com eles, mostrando que o nosso pedido não são apenas palavras vazias? O que precisamos demonstrar para essas pessoas é um amor diferente do qual nós pregamos: amor que não vem de nós e que por isso não se baseia em nossos preconceitos, amor que não sente medo de ser tocado e nem tão pouco ficar contaminado.

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  5. Era isso que eu queria dizer em alto e bom som a algumas pessoas, mas não sabia como.
    Stephanie, graças a Deus e pra glória dele mesmo existem poucas pessoas que conseguem ser esse abrigo sem condenação ou exclusão. Eu estou me esforçando em ser!

    Quanto ao movimento na Parada Gay, se estivéssemos realmente engajadas em causas que buscam justiça, e não indo lá de vez em quando, um convite não nos causaria estranhamento ou medo de superficialidade na ação. (desculpem-me a sinceridade, mas falo isso pq tbm eu não tenho me envolvido como deveria).

    Que Deus nos use como pequenos Cristos, agindo como Ele!

    Daniela Adlay

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  6. "Será exatamente aí que se dará o triunfo do Reino de Deus, no esquecimento total das formas fatalistas de crenças e, talvez, do próprio Cristianismo. Inaugurar-se-á o tempo messiânico quando a última igreja ruir, quando o último crente descrer, quando a última esperança morrer e dela brotar um novo mundo, que não será noutro lugar mas aqui, onde seremos surpreendidos pela capacidade de ver o Messias em cada um de nós". (http://www.equilibrio-distante.co.nr/2011/05/para-nao-dizer-que-nao-falei-de.html)

    O evangelho só cabe numa vida. Gostei. Se o evangelho é amar e servir às pessoas, como eu particularmente penso que é, então é a nossa vida de amor e serviço ao próximo. Para que 'forma'? Para que doutrina? Será que não basta chorar com os que choram? Alimentar o faminto? Visitar o doente e o preso? Lutar por justiça social e democracia? Para mim, basta. Se os ditos cristãos entenderem que evangelizar não é abrir a boca, mas o coração, é provável que as coisas mudem. E o resultado pode ser aquilo que falei ali em cima, acaba o cristianismo, as igrejas, céu, inferno, etc, só sobra compaixão e solidariedade. É acordar para o fato de que somos todos humanos, não há cristão, judeu, grego, gay, hetero, homem ou mulher.

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  7. O mau das pessoas e querer saber de tudo evangelho se prega não com palavras de carinho
    Mais mostrando que existe um inferno esperando aqueles que praticam todas as coisas que
    Fogem do requisito boca de Deus Bíblia

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